Biografia - Reinhard Schell

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Biografia

Perfil do Artista


Reinhard Schell nasceu na Áustria, em 1971, mas atualmente vive e trabalha em Spittal/Drau, Áustria, e em Natal, Brasil, onde é membro da Associação dos Artistas Potiguares do Rio Grande do Norte  e da Associação de Artistas Plásticos da Áustria (BV) . O artista trabalha com pintura, escultura e instalação e conta com  exposições  internacionais  como por exemplo na Bienal de Arte Dolomites, em Cibiana di Cadore ( Itália ), nos anos de 2016 e 2018.  Em 2019 sua obra, Pomba da Paz, confeccionada em aço estrutural, alumínio fundido e arame farpado, será erigida na frente do Museu da lenda do alpinismo, Reinhold Messner, no topo do Monte Rite.

Em  virtude de sua participa ção,  em outubro de 1997, no Salão de Artes Visuais, Abraão Palatinik (dentre 123 obras , de 73 artistas,  30 foram escolhidas por um juri técnico), que teve lugar na Pinacoteca de Natal (capital do Rio Grande do Norte, com ca. de 8000 mil habitantes),  bem como ao sucesso da crítica,  o Reinhard Schell foi convidado, em 2008, a realizar a exposi ção individual 1+1=1, com pintura e instala ções  em arame farpado,  também no Palácio Potengi , Pinacoteca do Estado.
Na série 1+1=1, dois corpos, ou duas formas, fundem-se e tornam-se um, sem contudo perder a essência da sua individualidade. A obra em si pretende levar o expectador à reflexao de que a arte nao só desconhece fronteiras, como também pode superar até as leis da Matemática.
Inspirado pelo artista francês, Yves Klein, Reinhard Schell usa o corpo como pincel vivo, para criar seus quadros. No entanto, ao contrário de Yves Klein, que tinha como foco principal as performances de modelos nus,  com rastros de sensibilidade, Reinhard Schell  toma o corpo humano com todas as suas formas e nuances. Na segunda parte da exposiç ão figuras douradas, confeccionadas em arame farpado, flutuam pela sala, suspensas por fios de nylon. Aqui também se vê o conceito 1+1=1, já que as figuras mostram formas humanas, que se fundem, mais uma vez, em  um só corpo. Desse modo, até o arame farpado, que é um símbolo de separa ç ão, também se conecta.
No ano de 2012  Reinhard Schell participou da exposição "um a pensar +", realizada na Galeria de Arte do Campus Universitário do IFRN (Instituto Federal do Rio Grande do Norte), com a obra "A Pensadora":  aqui o artista transportou o "Pensador", de Rodin, aos tempos de hoje e o transformou em uma mulher, feita em arame farpado. A Pensadora está dentro de um globo e conecta-se a ele através de um cordao umbilical, que sai de sua genitália.
Na obra de Rodin, o trabalho mental, que é o ato de pensar, é visível na tensao de cada músculo do "Pensador". Já na "Pensadora" de Reinhard Schell as características da mulher moderna sao demonstradas através dos "espinhos" do arame farpado, que para ele sao a protecao da mulher que pensa e que constantemente se depara com situacoes conflitivas.
O ano de 2014 foi marcado pela performance "Pensando Bem", inspirada no "Pensador", de Auguste Rodin e remetida aos tempos atuais, representada por uma estudante, sentada em uma enorme bola de futebol, com um livro na mão, incendiada por Reinhard Schell durante o vernissage. A performance foi uma crítica à copa do mundo, realizada no Brasil, na qual bilhões de reais foram "queimados", ao invés de terem sido investidos em bens essenciais à população, como educação e saúde. O evento teve lugar na Pinacoteca de Natal, por ocasião da "Copa Cultural", que reuniu artistas internacionais de renome, dentre os quais destaca-se o suico H.R. Giger.
Em 2015, Reinhard Schell participou da 1ª Trienal de Arte de Veneza, que teve como tema „Em nome da paz na arte", realizada no Palácio Albrizzi. A exposição contou com a presença de 38 artistas, provenientes de dez países: China, Suécia, Estados Unidos, Líbano, Itália, Singapura, Taiwan, Alemanha e Brasil. Além do artista, Reinhard Schell, a Áustria ainda foi representada por Josef Linschinger, que ocupou a cadeira de professor na Universidade de Arte de Linz, até o ano de 2013.
A Pensadora, de Reinhard Schell, confeccionada em arame farpado, bem como três outras esculturas, de alumínio fundido, também de sua autoria, estão expostas na 1. Bienal de Arte Dolomiti, em Cibiana de Cadore, distante cerca de 27 km de Cortina d´Ampezzo, na província italiana de Belluno, e podem ser visitadas até o dia 2 de outubro de 2016. A Bienal, que está sendo realizada em uma antiga caserna, situada a uma altitude de 2.183 m, reúne 40 artistas de 19 países, como Brasil, Italia, Australia, Alemanha, Georgia, India, Rússia, Singapura, Eslovenia, Turquia e Estados Unidos da América, dentre eles Yoko Ono, Virgínia Ryan e Vibha Galhotra.
Por ocasião da 1ª Bienal de Dolomiti, Reinhard Schell embarca, em pose de "pensador", em um bote inflável, sobre o Monte Rite.
A performance, intitulada pelo artista como "Pensando sobre o Futuro - Navegar é Preciso" está intimamente ligada à crise atual dos refugiados. Ninguém sabe o futuro. Qualquer pessoa, independente de religião, status social ou financeiro, pode, quer seja pela guerra, crise financeira ou catástrofe climática, vir a ser um refugiado.
Segundo Schell, essa performance também é inspirada nas palavras do poeta português, Fernando Pessoa: "Navegar é preciso, viver não é preciso" – Navegar, como paráfrase a uma vida consciente e com alvos em prol da humanidade, em oposicao ao viver sem sentido e sem alvos.
Sua instalação, "Peace" (Paz), criada para a 2ª Bienal de Arte dos Dolomites, Jardim de Rosas, refere-se diretamente à história de guerra do local da  exposição e lida como o princípio da perspectiva de interior e exterior e/ou exterior e interior, como forma de "In-between-ness".
A pomba da paz, de Reinhard Schell, foi confeccionada em  aço estrutural, alumínio fundido e arame farpado, um dos materiais mais utilizados nos fronts da primeira guerra mundial, e se encontra sobre um pedestal em forma de cubo. Em frente à figura há uma gaiola pendurada em uma forca. Na área de entrada do galpão, onde encontra-se a figura,  barras de metal verticais são fixadas ao piso, dificultando a entrada, em alusão ao tema dentro ou fora, fora ou dentro: um conceito em consonância com os ensaios de Gernot Raggers, "O outro lado", questão de opinião. O galpão ainda está imerso em uma luz vermelha, como o brilho avermelhado do crepúsculo dos alpes, ou como a luz do fogo em um campo de batalha.



O artista dis põe , ainda, de obras públicas em poder  da  Câmara Municipal de Natal e da  Pinacoteca do Rio Grande do Norte. Já na Áustria, seu país de nascimento,  destacam-se as seguintes esculturas, confeccionadas em alumínio fundido: "Aquarius e Sereia do Drau" , e  „Nós" , ambas no Município de Spittal an der Drau, bem como a escultura „Morgenstern Águia",  em homenagem ao campeão olímpico, Thomas Morgenstern, na cidade de Seeboden.
No ano de 2019, seu mais novo trabalho, „Peace" (Paz), será parte da exposição permanente do Museu das Montanhas Dolomites (Mountain Museum Dolomites), de propriedade da lenda  do alpinismo, Reinhold Messner, situado a 2.181 de altitude.





 
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